sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Meu misto.

Eram exatamente 14:29h e meu celular tocou. Era ela. A responsável por tantas das minhas noites bem e mal dormidas.
Cheguei a rir de mim mesma, constrangida ao perceber que eu, logo eu, que adoro bancar a durona, estava em segundos desarmada pela simples expectativa de olhar nos olhos dela novamente.
Todas as emoções incontroláveis me dominavam exatamente como no primeiro dia.
E então, quando finalmente a vi, com um ombro descoberto, as bochechas rosadas e o mesmo sorriso encantador; o mundo sumiu em segundos. Nada além dela existia.
Ela me deu aquele abraço tão familiar, demorado e quente, o abraço que ainda mexe comigo.
Naquele momento o cheiro adoçicado dela funcionava como um alarme;
Meu cérebro me dizia pra ir embora, mas cada pedaço do meu corpo impedia que eu saísse do lugar.
Disparei a falar feito boba, na esperança de disfarçar o nervosismo que ela me causava.
Incrível como a beleza e a feminilidade gritante dela ainda me surpreendiam.
Senti aquela velha vontade de protegê-la de todos os dias cruéis. Encaixá-la nos meus braços e enrolar os dedos nos seus cabelos ondulados e negros.
Mas eu nada podia fazer além de olhar pra ela e sorrir. Os minutos que valeram por meses se passaram e meu tempo acabou. Me afastei sentindo a sensação de vazio que recomeçava.
Ela continua sendo meu misto de felicidade e agonia. Por isso é tão bom e ruim tê-la por perto. Porque ela ainda é mais que especial. É a garota que me desestrutura.

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